Clyde (Jeffrey Dean Morgan) e Stephanie Brenek (Kyra Sedgwick) estão separados, mas conseguem se relacionar para o bem das duas filhas do casal. Quando ele compra uma casa nova, sua filha mais nova Em (Natasha Calis) o convence a comprar algumas coisas para lá, entre elas, uma caixa de madeira muito bem trabalhada e ao mesmo tempo misteriosa, que não se pode abrir. Encantanda pelo artefato, a jovem descobre como se abre, passa a ouvir vozes e, em seguida, estranhos acontecimentos começam a acontecer na casa. Desconfiado do comportamento da caçula, totalmente diferente, ele conversa com a ex que não dá ouvidos e eles começam uma nova crise. Quando a mãe se dá conta de que ele falava a verdade, já é tarde demais, pois a jovem está possuída por um espírito do mal, que se alimenta de seus hospedeiros. Começa então uma corrida contra o tempo para salvá-la e um exorcismo pode ser a solução.
A temática apresentada pelo longa já foi utilizada em outras produções do gênero, mas o que diferencia essa, das outras, é a forma com que se dá a possessão, que gira em torno de uma caixa que guarda um demônio, preso alí pelos seus pecados. São quase noventa minutos de um enredo sério, bem articulado, cheio de suspense e muita tensão, gostei bastante da direção do Ole Bornedal (O Principal Suspeito, 1998), que utiliza em cenas o plano aberto, deixando-as mais amplas, e de melhor visualização para o telespectador e o zoom, que torna as cenas mais tensas. O roteiro é consistente, e não enfada, em seus noventa minutos a história é bem desenvolvida para o telespectador.
Destaco a trilha sonora de Anton Sanko que é assustadora e deixa as cenas mais intensas, outro destaque são as atuações, Natasha Calis desbanca em sua atuação, convencendo a todos em sua forma de agir após o contato com a caixa, Jeffrey Dean Morgan (Série Sobrenatural), também desempenha bem seu papel e transparece a preocupação de pai, para tudo de estranho que ocorre com sua filha, Kyra Sedgwick a mãe em questão, é outra que absorve com veracidade a situação em que se encontra. Possessão é um filme curto, mas que consegue passar ao publico tudo o que o roteiro tem a oferecer, com ótimas atuações, direção exemplar, além de proporcionar suspense e tensão para os que assistirem. Recomendo!
Nota: 8,2
Gênero: Suspense/Terror
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Texto: Rafael Guimarães
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