domingo, 1 de novembro de 2015

CRÍTICA: Que Horas ela Volta?, 2015.


A pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.
Um filme brasileiro que tiro o chapéu, roteiro impecável, direção exemplar, e atuações mais que especiais. O enredo gira em torno da personagem de Regina Casé e sua filha, suas relações pessoais que possuem uma enorme pendência a ser resolvida, e que se torna pior com as questões de desigualdade social também presentes na trama. A direção de Anna Muylaert é de uma leveza que impressiona, a cada cena vamos conhecendo os personagens, suas personalidades, suas reais intenções, até chegarmos ao ponto chave da história, com um desfecho inquestionável.
Regina Casé da um show de interpretação, transparecendo todos os conflitos internos de sua personagem, e a dificuldade em resolve-los, sua atuação realmente me impressionou. Outra que merece destaque é Camila Márdila, por sua ótima atuação. Que Horas Ela Volta é um ótimo drama, que adentra em um assunto existente no Brasil, mas que é camuflado pela sociedade. Recomendo!

Nota: 9,0
Gênero: Drama
Trailer: Link
Onde Comprar: Em Breve
Texto: Rafael Guimarães

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