quinta-feira, 10 de março de 2016

CRÍTICA: Olhos da Justiça, (Secret in Their Eyes, 2015).


A vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman) é severamente abalada pelo assassinato da filha adolescente de Jess. Treze anos após o crime, Ray continua buscando pistas e finalmente parece ter encontrado um caminho para solucionar o caso. A verdade é chocante e os limites entre justiça e vingança tornam-se imperceptíveis.
Remake americano de ‘O Segredo dos Seus Olhos‘ (El Secreto de Sus Ojos), produção argentina vencedora do Oscar de filme estrangeiro em 2010, que até o momento da finalização desta critica não foi assistido por mim. Vou falar apenas deste, sem comparações. A direção fica por conta de Billy Ray, que também assina o roteiro, e realiza um ótimo trabalho em ambos. Um enredo coerente, que te chama atenção durante o tempo de exibição e um roteiro bem construído, e bastante explorado, Ray tem em seu currículo o roteiro do ótimo, (Capitão Phillips, 2013).
Durante as quase duas horas de duração, temos um misto de flashback com atualidade que vai construindo toda a estória do filme, os três protagonistas do longa, Kidman, Ejiofor e Roberts estão excepcionais, possuem uma interação significativa e desenvolvem bem seus personagens, destaco Julia Roberts, que aprofunda mais o drama de sua personagem, trazendo um suspense maior para o enredo. Olhos da Justiça é um suspense que te deixa ligado do inicio ao fim, proporcionando grande satisfação para quem o assiste, e um desfecho bem diferenciado dos demais.

Nota: 8,0
Gênero: Suspense
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Onde Comprar: Em breve
Texto: Rafael Guimarães

terça-feira, 1 de março de 2016

CRÍTICA: Um Senhor Estagiário, (The Intern, 2015).


Jules Ostin (Anne Hathaway) é a criadora de um bem-sucedido site de venda de roupas que, apesar de ter apenas 18 meses, já tem mais de duas centenas de funcionários. Ela leva uma vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao fato de gostar de manter contato com o público. Quando sua empresa inicia um projeto de contratar idosos como estagiários, em uma tentativa de colocá-los de volta à ativa, cabe a ela trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro). Aos 70 anos, Ben leva uma vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se reinventar. Por mais que enfrente o inevitável choque de gerações, logo ele conquista os colegas de trabalho e se aproxima cada vez mais de Jules, que passa a vê-lo como um amigo.
Nancy Meyers (Do Que as Mulheres Gostam, 2000) possui em seus trabalhos em sua maioria comédia, abordar assuntos leves e explorados de forma bem estruturada, Um Senhor Estagiário não foge a essas regras, após seu término você parece está melhor que quando começou a assistir. Nancy também realiza o roteiro, bem amarrado, possuindo um enredo básico, mas que chama atenção pela simplicidade. Theodore Shapiro (A Vida Secreta de Walter Mitty, 2013) realiza a trilha sonora, que é tão delicada quanto ao seu enredo.
Os destaques estão nos protagonistas, o entrosamento entre De Niro e Hathaway é lindo de se ver, a cumplicidade existente entre ambos durante o longa é contagiante, sem falar que os mesmos dão um show. Um Senhor Estagiário é um filme proposto para todos, abordando assuntos do cotidiano de forma leve e sem maiores pretensões, é garantia de diversão do inicio ao fim.

Nota: 7,5
Gênero: Drama/Comédia
Trailer: Link
Onde Comprar: Link
Texto: Rafael Guimarães

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

CRÍTICA: Presságios de um Crime, (Solace, 2015).


Dois detetives do FBI, Joe Merriwether (Jeffrey Dean Morgan) e Katherine Cowles (Abbie Cornish) perseguem um serial killer conhecido por matar suas vítimas com um objeto perfurante na nuca, sem deixar vestígios na cena do crime. Diante da ausência de provas, Joe pede ajuda ao seu amigo pessoal, o Doutor John Clancy (Anthony Hopkins), um poderoso vidente que vive isolado desde a morte de sua filha. Aos poucos, este novo investigador ajuda os policiais a entender a mente do assassino (Colin Farrell), até fazer uma descoberta importante: o homem responsável pelas mortes também é um vidente, ainda mais esperto que John. Pior do que isso, ele está sempre um passo à frente nas investigações.
Uma produção dirigida por um brasileiro. O nome dele? Afonso Poyart (2 Coelhos, 2012). A forma que ele utiliza para dirigir as cenas, se torna bem crua em alguns momentos. Câmeras que balançam, cenas rápidas de um ponto para outro, eu adorei esse estilo, como também a sua direção. Além disso o roteiro de Ted Griffin, Peter Morgan, Sean Baileyse é um deleite para quem assiste, tensão, mistério, sobrenatural, surpresas, drama, estão presentes no longa de forma exemplar, tudo bem amarrado e consistente até o seu desfecho, a trilha sonora de Brian Transeau, (Velozes e Furiosos, 2001) é um misto de sons que estabelece complemento para as cenas e merece destaque positivo.
O longa possui um elenco principal de quatro atores, mas o destaque fica por conta de Anthony Hopkins, que está excepcional, e Colin Farrell, que entra na metade do filme, mas está aparentemente a vontade em cena, desempenhando uma química boa com Hopkins. Presságios de um Crime é um suspense com aspectos positivos que satisfazem quem está assistindo durante toda sua exibição, inicio, meio e fim são ótimos. Recomendo!

Nota: 7,8
Gênero: Suspense
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Onde Comprar: Em breve
Texto: Rafael Guimarães

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

CRÍTICA: Amor Por Direito, (Freeheld, 2015).


 A policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) estão em um relacionamento sério. O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer a relação homoafetiva.
Baseado em uma história real, o longa trás um roteiro seguro, e consistente, trazendo para quem assiste de forma leve, e sensível a estória de amor duas pessoas do mesmo sexo, que por obra do destino, precisam superar dois grandes dramas pessoais. Primeiro vamos falar da direção. Peter Sollett (Nick & Norah - Uma Noite de Amor e Música, 2009) dirige, e faz um excelente trabalho, com o auxilio do ótimo roteiro, escrito por Ron Nyswaner (O Despertar de uma Paixão, 2007), você fica atento a cada cena que aparece na tela, sem cansar, ou se entediar, cada minuto de filme é um deleite para seus olhos.
Vamos para as atuações. As personagens de Julianne Moore e Ellen Page possuem uma conexão construída desde os minutos iniciais do filme, e se torna mais intensa nos minutos seguintes, as duas dão um show a cada cena, outro que é bem utilizado no enredo é o personagem de Michael Shannon, e acaba tendo bastante destaque. Steve Carell também se faz presente, mas seu personagem parece na metade do filme. Amor Por Direito trás a delicadeza e a sensibilidade de uma relação entre pessoas do mesmo sexo, nesse caso duas mulheres, e sua luta por direitos em favor a sua relação. Não há como não se emocionar em alguns momentos do longa, de tão verdadeiro que é o sentimento de ambas. Preparem os lenços!

Nota: 9,0
Gênero: Romance/Drama
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Onde Comprar: Em breve
Texto: Rafael Guimarães

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

CRÍTICA: 007 Contra Spectre, (007 Spectre, 2015).


James Bond (Daniel Craig) vai à Cidade do México com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que Bond seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw) instale em seu sangue um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre em que parte do planeta ele está. Apesar disto, Bond conta com a ajuda de seus colegas na organização para que possa prosseguir em sua investigação pessoal sobre a misteriosa organização chamada Spectre.
24º filme da franquia 007, quarto e ultimo interpretado por Daniel Craig, que mais uma vez realiza de forma exemplar seu papel. Eexiste apenas dois pontos a serem questionados nesse filme, o roteiro e o antagonista. Não existe uma abrangência maior na estória além do que é proposto desde o início, acabando por se diferenciar do seu antecessor de forma negativa, e o vilão vivido por Christoph Waltz, é pouco explorado na trama e acaba não transparecendo a maldade que um vilão precisa expressar. A direção fica por conta de San Mendes, que também dirigiu Skyfall (2012), e mais uma vez ele da um show, as cenas de ação estão eletrizantes, fotografia perfeita e atuações inquestionáveis.
Mais acima mencionei a ótima direção de San Mendes, não posso deixar de mencionar a trilha sonora de Thomas Newman (007 - Operação Skyfall ,2012), que foi o auxilio para tornar o longa tão prazeroso de se assistir. A musica tema Writing's on the Wall, ficou por conta de Sam Smith, linda por sinal. 007 Contra Spectre não se iguala a Operação Skyfall em enredo ou roteiro, mas mantém o padrão das ótimas cenas de ação proposto nos filmes da franquia, sendo o ultimo longa interpretado por Daniel Craig.

Nota: 8,0
Gênero: Ação/Aventura
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Texto: Rafael Guimarães

domingo, 31 de janeiro de 2016

CRÍTICA: Pompéia, (Pompeii, 2014).


Alguns dias antes da lendária erupção do monte Vesúvio, o escravo Milo (Kit Harrington) está preso dentro de um navio, em direção à Nápoles. Ele vai fazer de tudo para escapar e salvar a mulher que ama, além de ajudar o seu melhor amigo, um gladiador que está em dificuldades no interior do Coliseu.
Repleto de efeitos realmente especiais, Pompéia trás em seu enredo, duas situações a serem desenvolvidas durante o tempo de exibição, asede de vingança do então protagonista da estória, vivido muito bem por Kit Harington ( Série: Game of Thrones), e a destruição da cidade titulo do longa, através da erupção do vulcão Vesúvio. O casal de protagonistas possuem química, Carrie-Anne Moss, (Matrix, 1999), está presente no longa, mas apenas como participação, Kiefer Sutherland da um show como o antagonista da trama. O roteiro não pode ser considerado ótimo, mas é bem distribuído, deixando quem está assistindo satisfeito até o desfecho.
Os pontos positivos ficam por conta da direção de Paul W.S. Anderson, (Alien vs. Predador, 2004) que está excepcional, a intensidade presente nas cenas de ação é de deixar quem assiste elétrico, tendo como auxílio à trilha sonora de Clinton Shorter, (Distrito 9, 2009), que não possui questionamentos, verdadeiramente perfeita para as cenas. Pompéia não pode ser considerado uma obra prima do gênero ação/aventura, mas possui pontos fundamentais para entreter quem resolve assisti-lo. Se for em 3D, melhor ainda, pois a tecnologia é bem utilizada em suas cenas.

Nota: 7,5
Gênero: Ação/Aventura
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Onde Comprar: Link
Texto: Rafael Guimarães

domingo, 24 de janeiro de 2016

CRÍTICA: Vai que Cola - O Filme (2015).


Após ser vítima de um golpe que roubou todo seu dinheiro, Valdomiro (Paulo Gustavo) se muda para a pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla) no Méier, bairro localizado no subúrbio do Rio de Janeiro, onde pretende escapar da polícia. Para sobreviver, ele passa a vender quentinhas pelas redondezas. A situação muda mais uma vez quando Andrade (Márcio Kieling), seu ex-sócio, consegue fazer com que Valdomiro recupere sua cobertura no Leblon. Mas há um problema: como a pensão foi interditada pela Defesa Civil, Dona Jô e os demais moradores se mudam para a casa de Valdomiro.
Tem séries que não desempenham o mesmo papel se tornando filme, esse é o caso de Vai Que Cola. Eu adoro a série, mas o longa em minha opinião deixou muito a desejar, um deles é o roteiro, com piadas que em alguns momentos são apelativas demais, em outros, sem construção significativa para promover o riso. Fora isso, temos interpretações impecáveis de Paulo Gustavo e sua turma e uma direção razoável, mas como o filme faz parte do gênero comédia, precisa fazer o público rir, e eu em particular, consegui isso em pouquíssimas cenas. Vai que Cola - O Filme, teve um grande público em seu lançamento, creio que mais por conta dos fãs da série, mas faltou e muito a essência que a série possui.

Nota: 5,5
Gênero: Comédia/Nacional
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Texto: Rafael Guimarães